Degradação ambiental, conheça o RAP, o Relatório Ambiental Prévio.

Quantas vezes o desejo de morar em um centro urbano significou optar por edificações que oferecessem o melhor local? Será que prédios residenciais próximos a centros de conveniência são os melhores? Ou talvez o mais próximo do meu trabalho?

Em grandes metrópoles espaços verdes perdem espaço para edificações.

Parece um exercício difícil, porém há uma preocupação que vem fazendo a diferença na hora de escolher um lugar para morar: aquele que melhor propor um bem-estar ambiental. E por quê?
Todos nós podemos listar uma série de danos causados por uma edificação no meio urbano e percebido por nós ao longo de nossa rotina, que pode ir desde a poluição do solo – vemos galerias de esgoto que não conseguem absorver água da chuva decorrente do lixo nas ruas, destruição de área verde – em que grandes cidades veem seus parques perderem espaço para mais prédios, ruídos sonoros – temos trânsito e comércio emitindo ruídos 24h por dia, até alterações socioeconômicas negativas. E o que realmente nos protege de tantos danos?
Antes de chegarmos direto às respostas, temos que ressaltar a preocupação que pequenos – e principalmente – grandes empreendimentos têm em evitar que degradações ambientais ocorram por conta de suas atividades. E engana-se quem acha que a preocupação das empresas está somente no descarte correto de seus resíduos e o consumo consciente de seus recursos. É o que enfatiza a Gestora Ambiental da In Natura Soluções Ambientais, Marina Jacometti: ‘‘É difícil mensurar o crescimento real de empreendimentos no Brasil, e sem uma regulamentação clara e incisiva dificilmente conseguiríamos reverter qualquer impacto ambiental causados por essas empresas. Estamos vivendo uma preocupação em larga escala, e vemos que a medida que as responsabilidades das empresas aumentam, diminuem os impactos gerados por elas. ’’
A preocupação de Marina, na verdade, é tão real quanto o abrupto crescimento dos centros urbanos. Com isso, nasceu a necessidade de estudos ambientais cada vez mais completos, que estimulem responsabilidades e diminuam a degradação. E grande aliado disso tudo é o Relatório Ambiental Prévio, o RAP.
O Relatório Ambiental Prévio foi instituído no município de Curitiba pelo decreto nº 838 de 18 de agosto de 1997. O relatório é utilizado como uma ferramenta para o licenciamento ambiental de empreendimentos com característica potencial poluidora e que tenham área construída maior que 5.000m². Seus estudos requerem uma equipe multidisciplinar, capaz de entender diferentes áreas do empreendimento a ser licenciado. Além de um corpo técnico diverso, o seu foco também é multi, pois, analisa aspectos de uso e ocupação do solo, áreas de influência afetadas pelo empreendimento, áreas verdes, geologia, características socioeconômicas, ruído ambiental, gestão de resíduos sólidos, estudo de polo gerador de tráfego, identificação de impactos ambientais e proposição de medidas mitigadoras, compensatórias e/ou potencializadoras.

Multidisciplinar e qualitativo, conheça alguns dos setores
e órgãos municipais envolvidas no Relatório Ambiental Prévio:

  • -Secretaria Municipal do Meio Ambiente;
  • -Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano;
  • -Secretaria de Trânsito;
  • -Departamento de Urbanismo Municipal.

A In Natura Soluções Ambientais já realizou o Relatório Ambiental Prévio para diferentes áreas da indústria e serviços, como o Hospital De Olhos de Curitiba, Hospital das Nações, Hospital Ônix do Grupo Clinipam e o Centro Logístico Orleans. Para o corpo técnico da In Natura, cada RAP realizado exigiu uma equipe capaz de entender diferentes áreas da ciência, e ao mesmo tempo propor soluções corretas para cada tipo de área.

Um dos estudos do RAP, devido ao seu potencial gerador de impacto ambiental, é o PGT – Polo Gerador de Tráfego, o qual tem como objetivo analisar os impactos na circulação viária devido à implantação de empreendimentos, e fornecer, então, informações para reduzir a degradação ambiental do local. Já publicamos aqui no blog Como é feito um relatório de estudo de PGT.

A necessidade do estudo decorre do crescente aumento de tráfego em vias brasileiras, aliado ao surgimento de atividades no entorno, que as caracterizam como polo gerador de tráfego. Mesmo que faça parte do Relatório Ambiental Prévio, o estudo de PGT pode ser o único indicador solicitado por órgãos ambientais, pois representa em alguns casos o grande vilão de degradação ambiental.

Na cidade de Curitiba, toda edificação igual ou superior a 5.000 m² pode ser caracterizado como um polo gerador de tráfego. Em um dos mais recentes cases de sucesso, a In Natura Soluções Ambientais teve a oportunidade de trabalhar nos estudos de PGT da PepsiCO, que conta com mais de 27.000 m² de área construída e cujas atividades concentram a logística de todo o sul do país. Para Marcus Brisolla, Diretor Técnico da In Natura Soluções Ambientais, o desafio que as empresas enfrentam em regularizar suas atividades vai muito além das exigências obrigatórias. O diretor enfatiza a preocupação dos empreendimentos em entender a região em que estão instaladas como um ecossistema muito maior do que as limitações dos muros das empresas. ‘’A expansão dos negócios e a criação de novas atividades industriais podem levar a necessidade de outras regulamentações, e trabalhar com essa consciência faz das empresas agentes de impacto ambiental responsável, além da possibilidade de gerar economias financeiras significativas ao negócio’’ – comenta Marcus.

 

Fontes: PepsiCO, Contran e Denatran.

 

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