Antes da resolução de 2004 da ANVISA, que destina categoricamente os resíduos gerados pelos serviços da saúde, os dejetos hospitalares eram descartados da mesma forma que os resíduos domiciliares e públicos. Hoje, o recolhimento dos resíduos e o destino são estritamente categorizados em 05 grupos. Posteriormente são feitos as etapas de recolhimento e o tratamento.
Grupo A: dentro deste grupo são encontrados resíduos que possivelmente possuem agentes biológicos, desta maneira, apresentando riscos de causar infecções. Divide-se em 5 subgrupos (A1,A2,A3,A4 e A5), baseado nas diferenças entre os tipos de RSS que possuem estes agentes.
Grupo B: nestes resíduos estão presentes substâncias químicas que, possivelmente, conferem risco à saúde pública ou ao meio ambiente.
Grupo C: englobam materiais oriundos de atividades humanas que possuem radionuclídeos em quantidades acima dos limites aceitáveis segundos as normas do CNEN.
Grupo D: neste grupo estão presentes os resíduos que não apresentam risco químico, biológico e nem radioativo para a saúde dos seres vivos, muito menos ao meio ambiente, como por exemplo, papel de uso sanitário, fraldas, restos alimentares de paciente, entre outros.
Grupo E: grupo onde estão os materiais perfurocortantes ou escarificantes.
A In Natura realizou o PGRSS da filial paranaense do Hospital Cruz Vermelha. Com entrega ainda em Novembro de 2012, o relatório do plano contou com a distribuição dos resíduos nos 05 grupos e selecionou o destino correto e licenciado, como frisa parte do documento entregue “A destinação final aos resíduos perigosos (classe I) através das técnicas de incineração, aterro industrial, ou encapsulamento, é realizada com empresa devidamente licenciada”. Para os técnicos que trabalharam no Plano, o cuidado especial na separação do lixo hospitalar em cada setor do hospital é uma das mais importantes etapas do processo, justamente pela segmentação que cada resíduo passa. Em cada corredor do hospital há salas de expurgos, que são espaços reservados somente para o descarte do lixo. Uma mesma seringa, por exemplo, pode ter duas ou mais descartes diferentes. Uma para a agulha de aplicação, outra para o descartável de plástico e outra até para a ampola do remédio usado.
Outra curiosidade no manejo do lixo, é quando responsáveis pela retirada dos resíduos passam pelos corredores carregando os dejetos. Durante o percurso, com hora e dia marcado para acontecer, nenhum paciente é autorizado a sair do quarto, precaução para evitar contaminações diretas e indiretas.
Por Rodolpho Pagliarini
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