Focada no desenvolvimento sustentável corporativo, a Revista Geração Sustentável traz em sua 29º edição uma matéria especial de Lyane Martinelli, que com a entrevista cedida da In Natura debate na coluna Visão Sustentável o tema Meio Ambiente nos dias de hoje e no amanhã. Enfatizando em seu texto a falta de profissionais qualificados para os estudos ambientais do país, a autora discursa qual o melhor caminho a se tomar com a falta desses profissionais no mercado. A pergunta que fica é: como Brasil, país de maior potência sustentável do mundo não possui líderes efetivos na área?
O alerta vem repercutindo nacionalmente desde que o plano para o lixo e a lei para resíduos sólidos tornou-se um dever para todos os municípios do Brasil. Dados divulgados pelo Jornal Gazeta do Povo no dia 25/09/2012 mostram que no país, 95% das cidades não apresentaram seus planos; em outros números, apenas 283 municípios entregaram documentos de gestão. Tanto no texto de Martinelli quanto na matéria do Jornal, o principal tópico abordado é a falta de corpo técnico para a criação e gerenciamento dos planos. Cidades como São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu afirmaram que ainda não começaram os estudos.
A lei que deveria em prática abranger os laços entre setor público e privado ainda são estreitos, mas são reforçados por Marcus Brisolla, diretor técnico da In Natura em entrevista à Revista Geração Sustentável. “Acredito que parceria público/privada seja indispensável para que ocorra o surgimento de lideres em sustentabilidade, uma vez que ela depende do equilíbrio entre o social, econômico e o ambiental”. “(…) Entretanto, o setor privado ainda vê a sustentabilidade como custo, e o primeiro passo seria o convencimento das empresas sobre a importância da sustentabilidade do ponto de vista econômico (papel este de líderes e expoentes), posteriormente, dentro dos sindicatos e federações, discutindo o assunto justamente para facilitar o diálogo com o setor público” completa.
A menos de dois anos para a extinção dos lixões do país a questão é debatida com entusiasmo entre os setores de Meio Ambiente e seus futuros líderes, e mesmo alertando para problemas, o maior deles ainda está na implantação de gestão que necessita estar dentro dos órgãos públicos, posicionamento que cresce devagar, mas tendencioso.
Fonte: Revista Geração, Gazeta do Povo
Por Rodolpho Pagliarini.
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