Como o futebol pode salvar o tatu-bola da extinção?

O tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) vive na Caatinga e no Cerrado. Quando se sente em perigo muda rapidamente de forma e adquire um formato redondo. Assim, todas as partes que não contam com a defesa da armadura ficam seguras dentro da esfera de proteção. Nada mais propício para a mascote da Copa do Mundo de 2014 do que um animal que se transforma em bola e só existe no Brasil. O animal se encontra na categoria vulnerável segundo a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês). Seria possível salvar a espécie com o futebol?

Em artigo publicado em 22 de abril na revista científica Biotrópica, um grupo de cientistas do Nordeste propôs um desafio à Fifa e ao governo brasileiro: transformar mil hectares de Caatinga em área protegida para cada gol marcado na Copa do Mundo no Brasil (Durante o torneio de 2010, na África do Sul, a bola balançou as redes 145 vezes).

Os pesquisadores esperam que o desafio seja aceito pela Fifa e pelo governo brasileiro. “Proteger o que resta da Caatinga é extremamente urgente. O futebol é o esporte mais popular do mundo e esperamos que toda a atenção da mídia nacional e internacional pela Copa nos ajude a espalhar esta mensagem de conservação. Queremos que a escolha do tatu-bola não seja apenas simbólica, mas que efetivamente contribua para a conservação desta espécie tão carismática e de seu ambiente”, afirma José Alves Siqueira, um dos autores do artigo.

Retirar o tatu-bola da lista de animais ameaçados de extinção seria o gol mais bonito que o Brasil poderia marcar na Copa do Mundo de 2014.

 

Fonte: Planeta Sustentável

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