Diminuir o consumo mundial de carne é necessário para reduzir as mudanças climáticas, diz um recente estudo divulgado pelo Royal Institute de Londres. A indústria pecuária mundial, anualmente gera mais gases favoráveis ao efeito estufa do que todos os carros, navios trens e aviões somados, mas uma pesquisa mundial realizada pelo instituto IPSOL atesta que o dobro de pessoas acha que o transporte é o maior contribuinte para o agravamento deste problema.
“Prevenir o aquecimento global é extremamente dependente de uma diminuição no consumo diário de carne, mas o mundo está fazendo muito pouco” diz Rob Bailey, autor principal deste relatório. A grande dificuldade se encontra no aumento crescente do consumo de carne, gerado principalmente por um maior poder aquisitivo mundial, que faz com que o consumo de carne aumente exponencialmente, alarmando até os mais céticos cientistas.
O mesmo estudo atesta que as emissões de carbono geradas pela agricultura (sendo destas 70% provindas da pecuária) chegarão a 100% do teto de consumo em 2050, o que significa que, para o ser humano não ser prejudicado, deveria reduzir a 0 todas as outras fontes emissoras, coisa impossível de se fazer.
Outro dado do relatório, diz que os países considerados “emergentes”, como Brasil e China, aceitam melhor o fato de que atividades humanas causam mudanças climáticas, em comparação com países como a Inglaterra e os Estados Unidos. Isso é um bom sinal, dado que as futuras potências agropecuárias estão justamente entre estas nações, o que pode significar esperança futura.
“Não se trata de um argumento pró-vegetarianismo” disse o professor Richards, porta-voz de instituições financiadoras destes estudos, “se trata de um discurso a favor do consumo moderado de carne, favorecendo a sua saúde e o meio-ambiente”.
Fontes: theguardian.com
enn.com